A diocese de Ruy Barbosa tem muitas práticas missionárias na missão de anunciar o Evangelho ao seu povo. Das muitas atividades pastorais sempre foi acentuado o aspecto da vivência do Evangelho tendo presente “Fé e Vida”, “Culto e Social” fizeram desse binômio, uma história bela e rica, oferecendo um novo rosto às Comunidades Eclesiais
de Base. Estas sempre tiveram um sabor missionário, desde o início da década de 1980.
Assim deram-se início à “Missão diocesana”, trazida pelos seminaristas que estudavam teologia no Seminário Bom Pastor – Feira de Santana – que conheceram a metodologia realizada na diocese de Paulo Afonso. Assim, em julho de 2011, realizou-se a VI Missão Diocesana na Paróquia Nossa Senhora das Dores em Mairi. Estiveram presentes
cerca de 120 missionários vindos das diversas paróquias da diocese, Formados por Leigos (as), Religiosos (as), Bispo, Padres e Seminaristas.
Naquele ano a Missão diocesana teve como tema: “Missionários a serviço da vida, construindo uma nova sociedade”. Segundo Dom André de Witte de saudosa memória, relatou que desde o ano de1994 a Diocese de Ruy Barbosa realiza a Missão Diocesana. Esta iniciativa surgiu da necessidade de ajudar os seminaristas, a fazer experiências
pastorais e conhecer mais de perto a realidade de cada comunidade.
A preparação da Missão diocesana envolvia a convocação, encontros formativos e o envio missionário. Duas semanas antes, geralmente se fazia a “pré-missão”, ou seja, fazia-se o anúncio que iria acontecer “a missão”. Na Paróquia escolhida durante a Missão diocesana, se realizava várias atividades, tais como: as visitas missionárias nas casas, escolas, encontros, celebrações e reunião com lideranças em todas as comunidades, entre outras. A semana começava num domingo ou sábado e no Domingo seguinte, “acontecia a Missa Solene para encerrar a Missão”. Dava-se a impressão de ter sido “encerrada a missão”, mas Dom André sempre apontava o horizonte afirmando que a “missão continuava”, ou seja, esse espírito não deveria terminar ai. Antes pelo contrário, se olharmos o arco da história da Missão diocesana sempre existiu esse espírito missionário.
A “Missão diocesana” procurou caminhar na perspectiva de ser Igreja das CEBs como Rede de Comunidades com Pastorais, também Sócio ambientais, Ministérios, Serviços e Movimentos. Era um olhar “Ad intra” e “Ad dextra” num agir duplo, olhando para “dentro” da própria Igreja e também para “fora” dela mesma. Isso marcava internamente como ela se via e se organizava com suas Pastorais, mas tinha o projeto de ir, de partir, de dialogar com a sociedade, ser fermento e luz, projetando a esperança. Esse estilo de se fazer missão durou até o ano de 2019 e após a pandemia está surgindo a proposta da realização das Sentas Missões Populares.
Foi nessa mesma linha de pensamento e unido com a Igreja de CEBS em saída, e com a chegada de dom Estevam dos Santos, ao anunciar a chegada das “’’Santas Missões Populares”, veio para dar um novo ardor missionário. Segue as linhas mestras do Concílio Vaticano II, Aparecida, uma Igreja em estado permanente de missão, com a tão sonhada “Igreja em saída” do Papa Francisco.
Escrevi essa pincelada histórica, mas a evangelização na diocese de Ruy Barbosa marcou momentos belos e edificantes. Cabe agora a todos os batizados assumirem o espírito das Santas Missões Populares que vieram “para ficar e ser abraçada por todos” (dom Estevam dos Santos). Nossa apresentação continuará na próxima edição. Um coração missionário se faz necessário, pois Deus vai à nossa frente.
Pe. Mario De Carli
Paróquia Senhora Santana
Ipirá – Diocese de Ruy Barbosa
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